domingo, 25 de agosto de 2013

Novas estratégias para vender um Bom Dia!



Eduardo Lemos é Brand Manager das marcas Trakinas e Belvita, ambas da multinacional Mondelēz International. Em sua palestra na ESPM, no dia 19 de agosto, Eduardo apresentou o case de criação da marca Belvita. 

O tema da palestra ministrada por Eduardo foi “Criando marcas de alto valor agregado em mercados altamente competitivos”. Para tal, Eduardo contou que ao ser convidado para trabalhar na Mondelēz, antiga Kraft Foods, se deparou com a possibilidade de lidar com um produto prestes a ser lançado e confessou que o segredo que fez Belvita decolar foram os diversas experiências adquiridas após falhas cometidas ao longo do processo de criação da marca aqui no Brasil. 
 
Paralelamente aos temas abordados na palestra foi possível retomar conceitos tratados na disciplina de ACCM (Abordagens Contemporâneas da Comunicação Mercadológica). Como foco principal, a construção e manutenção de uma marca. Inicialmente, como apontanto pelo próprio palestrante, “Para construir-se uma marca de alto valor agregado, deve-se definir primeiramente o target”. Para o caso da marca Belvita, o target definido foram brasileiros entre 25 e 30 anos de idade, classe AB, pessoas que vivem em um “boom” dentro de suas vidas, com rotinas cada vez mais agitadas e atribuladas, com menos tempo para coisas triviais, como um café da manhã nutritivo e estruturado. Esse target foi denominado como "Life Shapers" a partir de um estudo promovido pela própria marca.

Para a marca Belvita, o foco era trazer uma proposta de produto diferenciado. A questão era entre o “oceano vermelho e o oceano azul”, tendo-se que o “oceano vermelho” representa a briga acirrada com os concorrentes, houve, então, a possibilidade de enxergar um “oceano azul” para o surgimento de Belvita, ao criarem-se espaços de mercados inexplorados, tornando a concorrência irrelevante em um espaço em que só a Belvita conseguisse atuar. 
Fonte: http://www.gomesdematos.com.br/2010/a-estrategia-do-oceano-azul/ (acesso: 24/08/13)

Partindo-se do conhecimento do oceano vermelho, e do traçado de exploração do oceano azul, voltamos à questão do target. Descobriu-se os desafios que esses consumidores têm no dia-a-dia para conseguir se alimentar com mais qualidade. O que foi descoberto: 

  • Inúmeros compromissos dificultam uma dieta balanceada;
  • O consumidor acredita que a refeição deve-se adequar ao seu estilo de vida;
  • As pessoas querem coisas que sejam multifuncionais, que atendam às suas necessidades de praticidade, saudabilidade;
  • Para 62% das pessoas, o café da manhã é a refeição mais importante do dia.


Depois da oportunidade ter sido identificada, os “4Ps” de Belvita foram traçados. Primeiramente, para o P de produto, determinou-se a presença de mais de 50% de cereais (trigo, centeio, cevada e aveia), com um processo minucioso de produção. Para o P de preço, cortaram o mercado em 5 faixas de preço e dentro disso viram onde teriam maior chance de sucesso: a estratégia de trabalhar com R$2,89. Já o P de praça, o foco foram os canais de distribuição. Por fim, o P de promoção, aceitou-se o desafio de resignificar a categoria de biscoitos, fazendo o consumidor compreender que Belvita é adequado para um café da manhã rápido e saudável. 



A mensagem adotada para Belvita foi simples e didática nos benefícios de praticidade, saudabilidade, sabor e energia. Para fundamentar o posicionamento da marca, contratou-se os “lifeshapers” mais admirados do Brasil: Cauã Reymond e Grazi Massafera, ambos com muitas associações positivas com o público. Criou-se um grande e estruturado plano de comunicação para Belvita junto aos seus consumidores, além de parcerias com nutricionistas, presença em congressos e feiras, engajamento com times de vendas e execução no PDV.


Veja também: Bastidores da gravação do comercial Belvita desenvolvida pela agência Peralta
  
Como resultados de toda a estruturação da Belvita, tem-se que a partir do início, no mês de abril, aumentou-se em 400% o sell out da marca. Vendiam-se por mês cerca de 70 toneladas, e agora são entre 400 e 500. Além de quadruplicarem o share da marca. Por fim, tem-se o fato de que todo esse planejamento permitiu o Brand Equity da Belvita, que é o conjunto de ativos ligados à marca, seu nome e seu símbolo. O Brand Equity é composto por cinco pilares: conhecimento de marca, qualidade percebida, associações de marca, fidelidade de marca, outros ativos de marca. 

CSO6C - Grupo 1
Camila Sayuri Hanassaka Watanabe
Daniela Singal Goldvasser
Marina Domingues de Oliveira
Natália Martins Chaves
Rita Miuki Shimazaki Saito
Sarah Trench 


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