No dia
26/08, recebemos Thiago Magalhães, do Ibope. Ele contou um pouco mais de como a empresa
funciona e as funções diárias que exerce na área de Learning Insights, aonde faz os cruzamentos das informações obtidas
em pesquisas, chegando às conclusões qualitativas procuradas. Curiosamente, era
um jovem falando para outros jovens sobre um tema não muito diferente: O Jovem
Digital Brasileiro.
Thiago
ressaltou a importância de entendermos, a fundo, os hábitos da geração Y, esses
adolescentes e jovens adultos que estão cada dia mais conectados, informados,
dinâmicos e interessados em tudo que os permeia. Isso, pois são esses que
liderarão a próxima geração de decisores de compra e consumo na sociedade. Para
nos situar melhor, Thiago começou sua palestra contextualizando-nos sobre a
geração passada:
A
Geração X – composta por pessoas nascidas entre os anos de 1960 e 70 – é
caracterizada por aqueles que têm certa resistência a tudo que é novo, buscam
produtos de maior qualidade, e apesar de darem valor a sua individualidade, não
deixam de viver em grupo. São mais exigentes e buscam por seus direitos.
Ao
iniciar a fala sobre a geração posterior, a Y, já deixou claro que não há uma
conceituação clara sobre quem seria exatamente esse jovem, pelo fato de terem
nascido em um mundo que está se transformando diariamente. Para chegar mais
próximos de “decifrá-lo” e entender seus costumes e desejos, o Ibope utiliza de
inúmeras pesquisas e métodos que muitas vezes chegam a seu subconsciente,
facilitando a inserção das empresas na vida desses jovens.
Analisar
o jovem de 18 a 25 anos, envolvido com todos esses meios, é parte fundamental
do processo, pois serão eles os consumidores que mais irão consumir, salvo
redundância. A
comparação das gerações passadas com as nossas também foi ressaltada: para
entender o comportamento dos jovens de hoje, é preciso que entendamos os
comportamentos anteriores. Hoje, temos muito mais informação circulando, o que
cria um ambiente de difícil administração por parte das empresas: se antes a
comunicação era verticalizada e one-to-many, hoje o fenômeno é mais complexo.
Com a grande quantidade de empresas querendo passar diversas mensagens, hoje a
comunicação é many-to-many e a conquista da atenção do consumidor, meio a
tantos emissores e mensagem, é um grande desafio. Somado a isso, o processo torna-se
cada vez menos vertical, pois se antes os consumidores eram mais “passivos”,
hoje podem reagir com muito mais eficácia, dificultando o controle por parte da
empresa dessas respostas.
Ainda na
tentativa de entender o jovem brasileiro, Thiago afirmou que é preciso entender,
antes de tudo, o que é ser jovem, seu espírito. Segundo uma pesquisa do próprio
IBOPE, ser jovem é liberdade de expressão, é ser bem informado e atualizado, é
saber se divertir, é não ter medo de errar.
O jovem: Multicanal, Digital e Global
O jovem
multicanal é aquele que recebe e confia nas informações ao seu redor
facilmente, a informação, para ser verídica não precisa necessariamente vir da
família ou pessoas confiáveis, mas sim de sites e fóruns de opiniões online.
É
digital, pois, a todo tempo está conectado e deseja estar sempre atualizado de
tudo que o rodeia, através de dispositivos móveis como celulares e tablets.
Além de
tudo, o jovem é ainda global: consome em todos os lugares do mundo,
principalmente através da internet. Não é somente por ser brasileiro que irá
comprar bens no país. Os sites de compra e e-commerce deletaram as barreiras
físicas existentes no consumo, dando origem a um horizonte inimaginável de
possibilidades e alcance, não só para esses compradores, mas também para os
anunciantes.
O Caos da Informação
A
atenção está cada vez mais dispersa. Os anunciantes aumentam o alcance de sua
mensagem, porém não se sabe ao certo qual é o real atingimento em seu
consumidor alvo, pois o público está cada vez mais pulverizado. A mídia é um dos principais influenciadores
do consumo, tanto a impressa, jornais, revistas, tanto como a mídia online,
internet e celulares.
Talvez exatamente por a mídia
impressa não ter perdido o poder que sempre teve (e sim complementar os meios
digitais hoje existentes), é o que torna esse processo de consumo, desde a
propaganda até o ponto de venda, tão complexo e abrangente.
Era do Tradigital
A
internet quase sempre está interligada com outros meios no processo de
comunicação. É a mistura dos meios tradicionais com os meios digitais, por
exemplo, uma campanha que, em seu planejamento de mídia englobe televisão,
rádio e internet.
Atualmente,
através dos múltiplos veículos que existem, é possível fazer com que eles “conversem”
entre si, porém nem todas as marcas conseguem fazer isso, ou seja, a
comunicação integrada.
Consumimos
muita informação em um curto período de tempo. A quantidade é tanta que não
conseguimos ver tudo que queremos e por isso a mobilidade é o segredo chave dessa
era digital.
Melancolia sedutora
O drama
e a sedução que, antigamente, eram transmitidos por faces sérias e até tristes
(como em quadros e obras de arte) hoje em dia já não fazem parte do cotidiano.
Ser feliz é a nova forma de sedução, estar sempre contente é a melhor receita
para se viver, e as redes sociais são as plataformas ideais para se transmitir
esse modo de vida, agitado e alegre.
O paradoxo do consumo sustentável
Ao
contrário do que pensávamos, as pesquisas também trouxeram resultados
surpreendentes. Estamos na era da sustentabilidade e as pessoas estão cada vez
mais conscientes com o cuidado em relação ao meio ambiente: 88% dos jovens acreditam
que a reciclagem é importante, 48% faz esforço consciente para recicla e 77%
estaria disposto a gastar mais por um produto que respeita as normas
ambientais. Contudo, esses dados são sempre inferiores quando comparados aos
números do total da população.
A decisão de compra
Experiências e relacionamentos são
fundamentais na decisão de compra: Internet, experiência anterior e família: os
três fatores que mais influenciam os jovens na hora de comprar alguma coisa.
Quase 80% das compras feitas pelos
jovens é por algum dos três motivos acima e a maioria dos jovens que tem uma
experiência ruim na compra, não volta a comprar e também não indica a compra a
terceiros.
Para basear e concretizar seu raciocínio, Thiago trouxe à tona alguns dados de pesquisas sobre esses jovens, feitas pelo IBOPE. Alguns dos quais achamos relevantes para passar adiante são:
- · 12 milhões dos jovens são economicamente ativos
- · 90% mora em uma casa com mais de 3 pessoas e contribui financeiramente
- · 54% ainda mora com os pais
- · 76% são solteiros
- · 21% está em um relacionamento e que a média de idade para se casar aumentou muito. Os jovens estão postergando para se comprometer seriamente com alguém.
- · R$ 820,00 é, em média, a quantia mensal reservada para o consumo para esse jovem
- · R$ 85% já teve o primeiro emprego
- · 4% dos jovens pegaram algum empréstimo no último ano
Grupo 2
Giulia Alencar
Isabela Formigoni
Patrícia Bergo
Raíssa Lopes
Vitória Hernandez
CSOS 6B
Giulia Alencar
Isabela Formigoni
Patrícia Bergo
Raíssa Lopes
Vitória Hernandez
CSOS 6B
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