segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Novo Ditador do Consumo Atual

     


No dia 26/08, recebemos Thiago Magalhães, do Ibope.  Ele contou um pouco mais de como a empresa funciona e as funções diárias que exerce na área de Learning Insights, aonde faz os cruzamentos das informações obtidas em pesquisas, chegando às conclusões qualitativas procuradas. Curiosamente, era um jovem falando para outros jovens sobre um tema não muito diferente: O Jovem Digital Brasileiro.

Thiago ressaltou a importância de entendermos, a fundo, os hábitos da geração Y, esses adolescentes e jovens adultos que estão cada dia mais conectados, informados, dinâmicos e interessados em tudo que os permeia. Isso, pois são esses que liderarão a próxima geração de decisores de compra e consumo na sociedade. Para nos situar melhor, Thiago começou sua palestra contextualizando-nos sobre a geração passada:

A Geração X – composta por pessoas nascidas entre os anos de 1960 e 70 – é caracterizada por aqueles que têm certa resistência a tudo que é novo, buscam produtos de maior qualidade, e apesar de darem valor a sua individualidade, não deixam de viver em grupo. São mais exigentes e buscam por seus direitos.

Ao iniciar a fala sobre a geração posterior, a Y, já deixou claro que não há uma conceituação clara sobre quem seria exatamente esse jovem, pelo fato de terem nascido em um mundo que está se transformando diariamente. Para chegar mais próximos de “decifrá-lo” e entender seus costumes e desejos, o Ibope utiliza de inúmeras pesquisas e métodos que muitas vezes chegam a seu subconsciente, facilitando a inserção das empresas na vida desses jovens.

Analisar o jovem de 18 a 25 anos, envolvido com todos esses meios, é parte fundamental do processo, pois serão eles os consumidores que mais irão consumir, salvo redundância. A comparação das gerações passadas com as nossas também foi ressaltada: para entender o comportamento dos jovens de hoje, é preciso que entendamos os comportamentos anteriores. Hoje, temos muito mais informação circulando, o que cria um ambiente de difícil administração por parte das empresas: se antes a comunicação era verticalizada e one-to-many, hoje o fenômeno é mais complexo. Com a grande quantidade de empresas querendo passar diversas mensagens, hoje a comunicação é many-to-many e a conquista da atenção do consumidor, meio a tantos emissores e mensagem, é um grande desafio. Somado a isso, o processo torna-se cada vez menos vertical, pois se antes os consumidores eram mais “passivos”, hoje podem reagir com muito mais eficácia, dificultando o controle por parte da empresa dessas respostas.


Ainda na tentativa de entender o jovem brasileiro, Thiago afirmou que é preciso entender, antes de tudo, o que é ser jovem, seu espírito. Segundo uma pesquisa do próprio IBOPE, ser jovem é liberdade de expressão, é ser bem informado e atualizado, é saber se divertir, é não ter medo de errar. 

O jovem: Multicanal, Digital e Global

O jovem multicanal é aquele que recebe e confia nas informações ao seu redor facilmente, a informação, para ser verídica não precisa necessariamente vir da família ou pessoas confiáveis, mas sim de sites e fóruns de opiniões online.
É digital, pois, a todo tempo está conectado e deseja estar sempre atualizado de tudo que o rodeia, através de dispositivos móveis como celulares e tablets.
Além de tudo, o jovem é ainda global: consome em todos os lugares do mundo, principalmente através da internet. Não é somente por ser brasileiro que irá comprar bens no país. Os sites de compra e e-commerce deletaram as barreiras físicas existentes no consumo, dando origem a um horizonte inimaginável de possibilidades e alcance, não só para esses compradores, mas também para os anunciantes.



O Caos da Informação

A atenção está cada vez mais dispersa. Os anunciantes aumentam o alcance de sua mensagem, porém não se sabe ao certo qual é o real atingimento em seu consumidor alvo, pois o público está cada vez mais pulverizado. A mídia é um dos principais influenciadores do consumo, tanto a impressa, jornais, revistas, tanto como a mídia online, internet e celulares.
Talvez exatamente por a mídia impressa não ter perdido o poder que sempre teve (e sim complementar os meios digitais hoje existentes), é o que torna esse processo de consumo, desde a propaganda até o ponto de venda, tão complexo e abrangente.

Era do Tradigital

A internet quase sempre está interligada com outros meios no processo de comunicação. É a mistura dos meios tradicionais com os meios digitais, por exemplo, uma campanha que, em seu planejamento de mídia englobe televisão, rádio e internet.
Atualmente, através dos múltiplos veículos que existem, é possível fazer com que eles “conversem” entre si, porém nem todas as marcas conseguem fazer isso, ou seja, a comunicação integrada.
Consumimos muita informação em um curto período de tempo. A quantidade é tanta que não conseguimos ver tudo que queremos e por isso a mobilidade é o segredo chave dessa era digital.

Melancolia sedutora

O drama e a sedução que, antigamente, eram transmitidos por faces sérias e até tristes (como em quadros e obras de arte) hoje em dia já não fazem parte do cotidiano. Ser feliz é a nova forma de sedução, estar sempre contente é a melhor receita para se viver, e as redes sociais são as plataformas ideais para se transmitir esse modo de vida, agitado e alegre.

O paradoxo do consumo sustentável

Ao contrário do que pensávamos, as pesquisas também trouxeram resultados surpreendentes. Estamos na era da sustentabilidade e as pessoas estão cada vez mais conscientes com o cuidado em relação ao meio ambiente: 88% dos jovens acreditam que a reciclagem é importante, 48% faz esforço consciente para recicla e 77% estaria disposto a gastar mais por um produto que respeita as normas ambientais. Contudo, esses dados são sempre inferiores quando comparados aos números do total da população.

A decisão de compra

Experiências e relacionamentos são fundamentais na decisão de compra: Internet, experiência anterior e família: os três fatores que mais influenciam os jovens na hora de comprar alguma coisa.

Quase 80% das compras feitas pelos jovens é por algum dos três motivos acima e a maioria dos jovens que tem uma experiência ruim na compra, não volta a comprar e também não indica a compra a terceiros.

Para basear e concretizar seu raciocínio, Thiago trouxe à tona alguns dados de pesquisas sobre esses jovens, feitas pelo IBOPE. Alguns dos quais achamos relevantes para passar adiante são:
  • ·        12 milhões dos jovens são economicamente ativos
  • ·        90% mora em uma casa com mais de 3 pessoas e contribui financeiramente
  • ·        54% ainda mora com os pais
  • ·        76% são solteiros
  • ·       21% está em um relacionamento e que a média de idade para se casar aumentou muito. Os jovens estão postergando para se comprometer seriamente com alguém.
  • ·        R$ 820,00 é, em média, a quantia mensal reservada para o consumo para esse jovem
  • ·        R$ 85% já teve o primeiro emprego
  • ·        4% dos jovens pegaram algum empréstimo no último ano


Grupo 2
Giulia Alencar
Isabela Formigoni
Patrícia Bergo
Raíssa Lopes
Vitória Hernandez

CSOS 6B


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